quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

2009_02_17: Circuito Vale Europeu - SC

Saida de casa - Floripa, SC

Saimos de Florianópolis às 8:40hs achando que chegaríamos rápido a Timbó, 170 km da ilha. Que engano, pegamos dois acidentes graves na BR-101 norte duplicada. Conseguimos chegar depois do meio dia.
Fomos direto a sede do Circuito Vale Europeu que fica atrás do Restaurante Thapyoka no centro de Timbó. Pegamos os passaportes por 10 reais cada um.
Sede do Circuito Vale Europeu - Timbó, SC

Aproveitamos que estávamos do lado do restaurante e almoçamos. Comida muito boa, atendimento nem tanto. A moça do caixa não queria nos dar o primeiro carimbo por causa da fila no caixa. Mas ela acabou cedendo.
Início em Timbó - SC

Arrumamos as bikes com as coisas e começamos o nosso Primeiro dia por volta de 15:00hs. Pegamos uma estrada asfaltada com direção a Rodeio, 17 km.
Já começamos a tomar chuva a partir do kilômetro 5, ainda bem que logo parou.
A caminho de Rodeio

Chegamos a Rodeio e Procuramos o Hotel Paradiso que nos daria o carimbo.
Desviamos uns 800 metros para chegar no hotel, um lugar muito lindo com uma cachoeira fantástica.
Hotel Paradiso, Rodeio - SC

Mas, tá na hora de subir o morro Ipiranga que nos levaria de 100 metros de altitude para 900 metros em 9 kilômetros.
Subindo vimos várias flores plantadas ao longo da estrada e depois anjos. Cada vez mais, até chegarmos a estátua do cristo, com vários anjos ao redor.
Cristo e os anjos do seu Paulo, Ipiranga - SC

Junto conosco veio a chuva novamente. Paramos em um barraco (galpão de madeira utilizado pelos colonos para armazenazem) para nos proteger da chuva, e pedi licença oara o um senhor que estava na varanda para lhe perguntar sobre os anjos. Sorte a nossa que encontramos o Senhor Paulo, ele nos contou que ele começou plantando as flores na estrada, depois veio a idéia da imagem do Cristo como ele tinha visto no Rio. E por último os anjos que a princípio seriam só três ao redor do Cristo. Depois ele decidiu por 33 anjos, que era a idade de Cristo. E agora são 55. Depois ele nos mostrou a maquete feita por ele mesmo do portal do Paraíso que será construido na frente da sua casa, muito bonito...
A chuva não parava e tinhamos que continuar, nos despedimos da família do seu Paulo e continuamos a subir.
Morro Ipiranga, Rodeio - SC

Chegamos a placa de desvio pra o Zinco já era noite e chovia muito.
Bifurcação para o Zinco

Continuamos, não viamos uma pessoa na rua, não passavam veiculos e as casas iam ficando mais raras a medida que subiamos até não encontrarmos mais nenhuma luz a não ser do meu farou da bike.
Subimos muito tempo assim, começei a ficar com frio, por causa da chuva, e começamos a nos sentir fracos, por falta de comida. Encontramos a fazenda, entramos felizes procurando o Alojamento, mas só havia placa da Pousada e seguimos pra lá. No caminho passamos por uma casa pequena com luz, era a última, galpões da fazenda e chegamos a
pousada, fechada, apagada, vazia... e agora era 21:30hs, em último caso podiamos dormir em baixo da marquize da Pousada pelo menos não pegaríamos chuva. Mas, e a fome... queriamos um banho quente e comida de verdade. Resolvemos voltar para a casinha com luz que tinhamos visto. Chegamos e o Vilson chamou por alguém já que não sabíamos o que iamos encontrar fiquei afastada. Em poucos segundos sai um senhor e uma senhora, Dona Magda e seu Carlos que estavam preocupados conosco achando que não íamos mais.
Alojamento no Zinco - SC

Nos encaminharam para nossa casinha e Dona Magda foi preparar o jantar enquanto seu Carlos nos esperava com o carro para nos levar ao restaurante da fazenda para não nos molharmos.
Refeitório do Zinco, Rodeio - SC

Maravilhoso, lugar, comida, pessoas... Comemos um banquete, conversamos com boas pessoas e fomos para cama mais de meia noite, curtir uma noite friazinha em baixo das cobertas.
Acordamos as 8:00hs que Magda e Carlos já nos esperavam para o café. Outro banquete,
maravilhoso como o anterior.
Café da manhã no Zinco

Preparamos alguns sanduiches para viagem e voltamos para nossa casinha para arrumar as coisa para seguir.
Tirei várias fotos das muitas mariposas que encontramos na casa e que como Seu Carlos alertou traria o Sol. E trouxe mesmo.
Mariposas no Alojamento do Zinco

Passamos na cachoeira do Zinco para tirar umas fotos e seguimos viagem. (Alojamento com janta e Café no Zinco 50 por pessoa).
Cachoeira do Zinco, Rodeio - SC

O destino de hoje é Doutor Pedrinho, saímos tarde, quase 10 horas, seguimos a estrada cuidado os bichinhos que podíamos encontrar.
Seguindo viagem

Encontramos uma linda aranha com vários filhotes nas costas.
Aranha com seus filhotes nas costas

No caminho, desviamos um pouco para ver a Igreja no estilo Enxaimel de Benedito Novo, única do Brasil.
Igreja estilo Enxaimel

Chegamos a Doutor Pedrinho cedo. Paramos no hotel Negherbon, perto da prefeitura.
Prefeitura de Dr. Pedrinho - SC

Tomamos um banho e saimos caminhando para ver a cidade que é muito pequena. Jantamos muito bem no Hotel, comida feita pela Dona Hilda, dona no hotel.
Durante a Janta dona Hilda já ligou para a casa dos Duwe para avisar a Dona Isolde que chegaríamos perto das 17:00hs do dia seguinte.
O café também foi muito bom no hotel. Dona Hilda já inclui na diária o jantar, o café
e o lanche para o dia(50 por pessoa), já que para esse lado não há onde comprar comida ou bebida.
A caminho de Alto Cedro - SC

Nos arrumamos e seguimos viagem. Depois de 10 km uma parada para a cachoeira Véu de Noiva.
Entrada para cachoeira Véu de Noiva

Deixamos as bicicletas no barzinho que fica ao lado da entrada e caminhamos até a cachoeira. Foi +ou- uma hora entre ida, volta e curtir o lugar.
Cachoeira Véu de Noiva, Dr. Pedrinho - SC

Na volta comemos um pouco e abastecemos as garrafinhas no último ponto antes da Pousada dos Duwe já em Alto Cedros.
Divisa de Dr. Pedrinho e Rio dos Cedros

Mais um dia de muita subida, agora em região de madeireras. Sempre escutavamos as serras elétricas, ou serras de serralheria, viamos muitas áreas reflorestadas e os
caminhões com madeira cortada passando. Um o outro somente. a estrada quase não tem
movimento.
Alto Cedro - SC

Chegamos ao Alto Cedro com uma vista linda do vale e depois a Barragem.
Na estrada o Senhor Raulino nos esperou para nos levar de barco até sua casa do outro
lado da barragem.
Passamos em um barco de alumínio pequeno nos e as bikes mais seu Raulino, que disse que dá pra levar até três bicicletas por vez. Nos levou a nossa casinha e marcou a hora do jantar.
Casinha dos Duwe, Alto Cedro - SC

Começamos a olhar os detalhes da casa e encontramos várias coisas antigas, termometros, relógios, brazeiros... uma casinha simples mais uma delícia.
No dia seguinte, tomamos o café na casa dos Duwe(60 por pessoa), e quando terminamos tivemos a boa notícia de que eles conseguiram fazer a reserva pra gente no hotel do Faustino em Palmeiras.
Atravessando a barragem

Ficamos muito mais tranquilos e seguimos nosso caminho. Os dez primeiros quilômetros
foram sempre com a barragem, depois muitas áreas de reflorestamento, muito isolado.
A caminho de Palmeiras

E no final barragem novamente agora do Rio Bonito. Fizemos uma parada no Varandão da Erica já em Palmeiras para tomar um refri e comer um sorvete. Um kilômetro adiante chegamos no hotel, próximo das 14:00hs. Conosco veio a chuva que desabou logo após chegarmos. Aproveitamos a chuva para tomar banho na barragem, a água estava quente e é bem clara aqui.
Barragem de Palmeiras atrás do Hotel Faustino

Comemos, dormimos, comemos, dormimos... (Hotel Faustino 30 por pessoa com café da manhã).
A caminho de Timbó - SC

Comemos e nos arrumamos para seguir viagem. Descemos muito... a melhor e mais difícil descida do percurso foi de hoje. Descobrimos que quebrei a minha garupa, vamos ver o que fazer em Timbó. Continuamos na manha. A pior subida também foi hoje e os momentos mais quentes... ainda bem que perto do topo tem uma cachoeirinha na estrada que deu pra refrescar.
No fundo desmonoramento causado pelas chuvas do ano passado

Na chegada pra Timbó encontramos o pessoal do Velotur dando um rolé para soltar as pernas e pouco depois disso cai a primeira vez por não conseguir desclipar da bike. Tudo bem, foi na grama. Achamos o nosso Hotel. O Hotel Colonial, simples, mais uma delícia. Fomos buscar o carro no restaurante Thapyoka e cometemos o erro de entrar lá para comer. Novamente comida dez, atendimento zero... Mas tudo bem...
Demanhã tomamos café no Hotel e encontramos alguns cicloturistas se preparando para seguir caminho também. Nos arrumamos e fomos novamente para a Sede de Cicloturismo para nos cadastrar no Velotur. Saimos com pressa já que o destino hoje é Pomerode onde queremos visitar o Zoológico. Com a inscrição do Velotur agora temos alguns pontos de parada obrigatória durante o percurso. E em cada ponto encontramos vários ciclistas, uma boa conversa garantida. Nessa parte da viagem há mais movimento de carros e passamos por regiões mais populosas, que exigem mais cuidado e atenção.
A rota Enxaimel na entrada de Pomerode é um charme, adorei conheçer.
Rota Enxaimel, Pomerode - SC

Chegando ao centro de Pomerode, fomos para casa da Dona Luiza onde vamos ficar, tomar banho para irmos ao Zoológico.
Caminhamos até o Zoológico, um pouco longe, mas tudo bem. O Zoo de Pomerode é muito legal,várias aves. Um ponto especial é a jaula de imersão, onde ficamos dentro da jaula com as aves.
Araras azuis

Os felinos são lindos, mas é triste ve-los naquele lugar.
Onça Preta

Após o Zoo fomos para uma choperia, a Schornstein, com o pessoal do Velotur, foi muito agradável.
Choperia Schornstein

Acordamos em Pomerode e fomos aproveitar o que tem de muito bom na cidade, a comida.
Fomos a uma padaria. Uma delícia. Depois aproveitamos outra coisa muito boa a cultura.
Portal Turístico Sul, Pomerode - SC

Fomos ao Portal Turistico e a casa do Escultor. A caso do Escultor nos foi apresentada pelo filho de Ervin Teichmann. Suas obras são belíssimas. É impressionante o lugar.
Casa do Escultor - Ervin Teichmann

Depois fomos aproveitar a boa comida novamente. Conheçemos o Restaurante Wunderwald, um restaurante típico alemão.
Restaurante Wunderwald, Pomerode - SC

Comemos um maravilhoso mareco recheado que nos trouxe problema depois para pedalar. Mas valeu a pena.
Galera do Velotour, Indaial - SC

No caminho encontramos o pessoal do Velotour, foi bom pedalar com eles.
Chegamos a Indaial cedo e fomos para o Hotel Fink. O Jantar foi no hotel mesmo.
Hotel Fink, Indaial - SC

Último dia no circuito Vale europeu, até hoje percorremos mais de 300 km por pequenas cidade perto de Timbó, sempre por estrada de chão. E hoje não será diferente. Fomos os últimos a deixar o hotel a caminho de Rodeio. No caminho fizemos um desvio para conheçer a ponte pensil de Warnow.
Ponte Pensil

Seguimos por uma estrada de chão mais movimentada até Rodeio e com muita "costeleta" na estrada. Quando estavamos chegando a Rodeio alcançamos o pessoal.
Chegando a Rodeio - SC

Acompanhamos eles até a vinícola San Michele de Rodeio, onde provamos alguns vinhos. E trouxemos alguns é claro. Deixamos nosso amigos do Velotour seguir o seu caminho para o Zinco e seguimos o nosso.
Está acabando são somente 17 km até Timbó. Para "fechar" tinha que chover um pouquinho, mas ou menos no mesmo lugar que choveu no nosso primeiro dia. Deve ser o lugar. Mas, tudo bem.
Chegamos ao restaurante Thapyoka, pegamos os nossos certificados e comemos uma bela picanha grelhada.
Certificados de Conclusão do Circuito Vale Europeu

Tomamos banho no Hotel Colonial e fomos pra casa, já saudosos das histórias do seu Pedro, da comida da Dona Marta, das Barragens de Alto Cedro e Palmeiras, a boa comida de Pomerode e as obras do Senhor Ervin Teichmann, das pontes de madeira cobertas, dos choppes da Schornstein e os vinhos da San Michele, dos bichinhos no caminho e no Zoo, das casinhas simples de alojamento, das pessoas que conheçemos do Velotour e outras coisas mais...

Mais fotos: Álbum no Picasa
Link no maps: Google Maps
Dados do GPS: Baixar

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

2009_02_05: Ilha Grande - RJ

Durante as férias, as aventuras podem ser em lugares mais distantes e por mais tempo.
Nessas férias queria conheçer algum lugar na região do estado do Rio de Janeiro. Procurando na internet vi um roteiro passando por Angra, Ubatuba, Paraty... Durante o processo descobri uma ilha que me pareceu um ótimo lugar, a Ilha Grande. Perguntei para alguns amigos sobre o lugar, mais ninguém conhecia. Pesquisei muito e decidimos passar alguns dias lá também.
Pouco antes do dia da partida fiquei sabendo de uma amigo que já tinha ido lá duas vezes e perguntei sobre o lugar. Ele me perguntou quantos dias eu teria para ficar por lá. Eu disse oito. Ele então me disse que eu ficaria os oito e com vontade de ficar mais. E foi verdade...

Pegamos o Avião em Floripa as 21:08hs dessa quinta-feira.
Aeroporto de Florianópolis

Foi pouco mais de uma hora até pousarmos em Congonhas-SP.
Aeroporto de Congolhas-SP

Passamos a noite no aeroporto entre leituras e internet.
De madrugada, olha quem está dormindo

Às 5:00hs pegamos um táxi até a Rodoviária do Tieté, a viagem durou 30 minutos com
um senhor muito simpático que nos serviu de guia durante esse trajeto.
Esperamos o horário do ônibus com muito sono.
No ônibus indo pra Angra

Pegamos o ônibus Reunidas Paulista que levou 8 horas até Angra, por uma estrada muito bonita onde podíamos ver as praias, quando não estavamos dormindo.
No Barco para Ilha Grande

Chegando em Angra foram mais quase 2 horas até a Vila do Abrão no barco Acalanto.
Comandada pelo Capitão Walter, parece o Marlon Bando. A 30,00 reais por pessoa.
A esquerda Seu Walter, capitão do Barco.

Encontramos um ótimo pouso no camping cantinho da ilha onde também há suites. A 80,00 reais o casal, sem café da manhã.
Chegamos com fome. Tomamos um banho e fomos procurar um lugar legal para comer.
Master Burger na vila do Abrão

Passeamos um pouco para conheçer a Vila. E fomos dormir que amanhã vamos começar cedo.
Vila do Abrão

Primeiro dia na ilha, acordamos cedo para fazer o circuito do Abrão.
Placa com informações do Circuito do Abrão

Onde passamos pelo mirante da praia preta e mirante do aqueduto.
Mirante da praia Preta

O Poção onde os escravos ficavam presos para tomar banho de rio.
Poção

O Aqueduto que levava água para o Lazareto.
Aqueduto

A Praia do Galego, aonde encontramos oficinas rupestres.
Praia do Galego

As ruinas do Lazareto onde as pessoas que vinham da Europa ficavam de quarentena por causa da peste e a praia Preta.
Lazareto

Depois fomos mergulhar. Pegamos as 9:30 hs o Acalanto para um passeio de mergulho
a 35,00 reais por pessoa com frutas de cortesia.
Barco Acalanto

Primeiro paramos na lagoa verde, nem saimos do barco e já podiamos ver milhares de peixes coloridos na água, amontoados para comer os pedaços de melancia que o Capitão Walter jogava na água.
Sangentinhos na Lagoa Verde

A água é muito transparente e tem-se visibilidade de mais de 10 metros.
Vimos peixe morcego, diversos peixes coloridos, peixe cabra, estrelas do mar, ouriços do mar, muitos corais como o coral cérebro e um verde lindo que dá nome ao lugar.
Peixe Cabra

Depois fomos a praia de Aripera que também é uma praia de mergulho, só que com a visibilidade um pouco inferior.
Praia de Aripeba

Nada de especial a principio até encontrarmos uma linda moreia mirim, alguns cardumes, coral cacho de uva e a maior estrela do mar que encontramos.
Moréia-Mirim

Seguimos depois para o praia das tartarugas na ilha dos macaco.
Assim como a Lagoa verde tinha a visibilidade muito grande, vimos grupos de peixes cabra, um baiacú, outra moreia mirim linda, outro peixe morcego, um caranguejo aranha que o capitao Walter pegou pra gente, pepino do mar, outro tipo de estrela do mar, berçarios de peixes de vários tamanhos.
Caranguejo aranha

Nesse momento estavamos seguindo o Capitao que estava procurando a Camila uma linda tartaruga. Infelizmente não a encontramos, subimos no barco e quando tinhamos desistido de ver Camila ela apareceu, voltamos correndo para a água, consegui ve-la nadando calmamente no fundo perto da areia. Saí da água muito contente, foi perfeito.
Ainda no barco e muito felizes

Anoite jantamos novamente no Master Burger e passeamos pelo Abrão em uma linda noite de lua cheia.
Carrinho de doces

No terceiro dia na ilha acordamos cedo para subir o ponto mais alto da ilha grande o pico do papagaio.
Pico do Papagaio

Preparamos o GPS, comida e água, muito protetor solar e fomos. Começamos a trilha as 8:00hs, começamos pegando a mesma trilha para Dois rios caminhamos um pouco mais de um kilometro e vimos a plaquinha que indica a entrada da trilha.
Entrada da trilha do Papagaio

A trilha é por dentro da mata atlântica as copas das árvores são altas e a trilha muito bem demarcada mais muito ingrime.
No início tinha um cheiro forte de fruta podre que descobrimos ser de um pé de Jaca no início da trilha.
Pé de Jaca

Tinhamos caminhado 30 minutos quando começamos a escutar os Búgios eram dois grupos podiamos perceber bem. Quando estavos chegando perto de um dos grupos ele ficaram em silencio e não os vimos infelizmente.
Caminhamos mais um pouco e pecebi que tinha perdido minha camiseta, voltei um bom pedaço para procurar e desisti. Com sorte encontraria no retorno.
Encontramos várias árvores caidas na trilha

Pouco tempo depois escutamos pessoas subindo. Eram João Perera Pontes, Guia da Ilha Grande, e Taff, que é do Pais de Gales, e está passeando na ilha grande antes de ir para Favela da Rocinha ensinar Inglês por 6 meses.
E adivinha o João encontrou minha camisa, whoo hoooo.
Caminhamos um pouco com eles, encontramos uma minhocuçu gigante, não podia imaginar que podia existir uma minhoca tão grande.
Minhocoçu

O Guia nos explicou que os vários montes de coco que viamos pelo caminho era dela, não sei como pode sair tanta bosta de um bichinho daquele tamanho, pelo menos não fede, isso porque é praticamente só terra.
Eles se despediram e continuaram.
Não vimos o bugio mas vimos um esquilo lindo. Perto da base do Pico do Papagaio ficavamos felizes quando encontravamos as plaquinhas que indicavam a trilha.
Viu a plaquinha???

Chegamos no cume a 982 metros.
Tá vendo o João e a Taff lá em cima

E depois ao Pico 989 metros.
Ao fundo a vila do abrão

Na descida o Guia nos alertou da facilidade de se perder no retorno, foi de grande ajuda. Desceram na nossa frente dois rapazes um de minas e um de brasília, primos, que nós encontramos perdidos já no início do retorno.
Voltamos tranquilos. Encontramos até um esquilo mas não conseguimos bater foto.
Foi maravilhoso ver a vila do Abraão, Saco do ceu, enseada das estrelas e todo o continente com várias ilhas. Para o Sul não conseguimos ver nada por causa das nuvens.
Voltamos para a Vila do Abrão e por dica do meninos que ajudamos na descida fomos para a praia do Abraãozinho.
Abrãozinho

Na trilha vimos outro esquilo e um Sagui com filhotinho nas costas.
Mergulhamos novamente, e vimos um lindo cavalo marinho.
A caminho de Lopes Mendes

No quarto dia pegamos o Athos II as 9:30hs para Lopes Mendes, passamos pela praia de Palmas e paramos na praia Pouso.
Trilha para Lopes Mendes

Dali são 30 minutos de caminhada até Lopes Mendes.
Encontramos uma bela sombra, surfamos e dormimos em uma praia muito gostosa.
Lopes Mendes

As 16:10hs o tempo começou a fechar e nos colocamos rapidamente na trilha de volta a Pouso para pegar o barco antes da chuva.
Deu tempo pra uma paradinha para tirar fotos de um Sagui no meio da trilha.
Sagui

Chegamos mas a chuva chegou também quando estávamos perto do Abrão, uma chuva fria e grossa, mas passou rápido.
Chegando ao Abrão com muita chuva

Aproveitamos nosso último dia na Vila do Abrão, amanhã vamos para o Aventureiro.
Cantinho da ilha

Demanhã fechamos a nossa conta no Cantinho "mais quente" da Ilha, tomamos um último café na padaria e fomos pegar a barca para Angra.
Padaria da vila do Abrão

Foram 2 horas no barco até chegar em Angra. Pelo menos foi barato.
Na Barca, olha quanta bagagem...

Caminhamos até o Cais Santa Luiza e começamos a perguntar sobre barcos para o aventureiro, não havia nenhum, consegui um para Provetá mas a caminhada até o Aventureiro é longa e difícil ainda mais com muita bagagem como é o nosso caso.
Quando estavamos entrando no barco para Provetá, já que era nossa única opção.
Um moço me chamou e perguntou se íamos para o Aventureiro que havia mais 6 pessoas querendo ir pra lá também.
Conseguimos o Rei Mateus a 30 reais por pessoa para nos levar, tratei com um figura,
Seu Chico, Carioca de férias no Aventureiro fazendo trabalho de garçon, administrador de camping e marujo.
No Barco para o Aventureiro

Viemos com o Capital Eduardo no leme por 3 horas até chegar no paraiso.
No cais do Aventureiro

Nos poucos minutos que ainda tinhamos luz fomos mergulhar e pouco depois já encontrei uma araia linda.
Ficamos em uma casinha da Dona Neneca. Simples mais muito bom.
A janta foi polvo com arroz, feijão, salada e batata sutê.
Jantar da Neneca

Primeira manhã no Aventureiro, um café da manhã com nescau e queijo quente que a dona
Neneca fez pra gente. O Seu Sidnei é mais contido não conversou conosco direito ainda.
Aventureiro

Pegamos o Barco ChegaMais do Capitão Flávio às 10:00hs rumo a Praia de Parnaioca.
No Caminho passamos em frente a praia do Demo, Praia do Sul e Praia do Leste.
Lindas e Vazias. Praia do Sul e do Leste são reservas e ninguém deveria entrar.
Parnaioca

Chegamos a Parnaioca depois de uns 60 minutos navegando, uma praia linda, do mar nem se percebe as pequenas casas de pescadores que moram lá.
Descemos nadando já que aqui não tem pier.
Cachoeira da Parnaioca

Fomos até a cachoeira de Parnaioca, gelada mais uma delícia, onde ficamos procurando por camarões de água doce para tirar fotos.
Camarão de água doce

Nos surpreendemos com algumas vespas gigantes que encontramos no caminho para cachoeira.
Vespas gigantes

Voltamos para a praia de deitamos embaixo de árvore sombreiro, chegamos a dormir naquele local. Já retornando para pegar o barco, encontramos outro esquilo. Esse conseguimos tirar fotos.
Esquilo

Voltamos às 15:00hs já que o mar estava subindo.
Quando chegamos no aventureiro avistei uma tartaruga enorme no cais,
me joguei na água para vê-la. Consegui chegar muito perto e tirar algumas
fotos, quando ela me viu calmamente se afastou.
Tartaruga marinha no cais do Aventureiro

Almoçamos, ficamos de bobeira na praia e pegamos algumas ondinhas até fechar o tempo
para mais uma trovoada de fim de tarde.
Famoso coqueiro deitado

Acordamos com o tempo chuvoso no aventureiro.
Sentei no barzinho da Neneca para esperar o Vi acordar e ficamos conversando.
Ao fundo o Barco que seu Sidnei está construindo

Ela me contou que aos 6 meses de gravidez do Cauã ela foi picada por uma Jararaca pequena atrás de casa as 9 horas da noite.
Seu Sidnei matou a cobra com medo e foi buscar o barco. Tia Lúcia irmã de Neneca chamou a defesa civil. Eles mal chegaram no costão a lancha da defesa civil já estava chegando. Pouco menos de uma hora depois da picada ela já estava no soro no hospital, mas não podiam dar o soro anti-ofídico por causo Cauã. Ela conta que ficou com muito medo pois já tinha perdido uma gravidez de 4 meses. Disse que sentia muita dor no pé, por causa da picada, mas só podiam aplicar anestesia no pé e esperar.
Foram dois dias no hostipal. Hoje ela sente algumas dores no pé picado quando muda o tempo e o Cauã está muito forte graças a Deus. Pergunta se fiquei com medo de caminhar a noite por lá...???
Praia do Demo

Caminhamos até a praia do Demo. Do lado podeíamos ver a praia do Sul e a do Leste.
Algumas pessoas passavam para lá, mas como é proibido achamos que o certo é não
entrar mesmo sem ninguém para fiscalizar.
Mergulhamos no cais e eu vi a tartaruga novamente agora mais de longe.
Mergulhando no Aventureiro

Surfamos um pouco também... ficamos o dia acompanhando o dia devagar.
Um pouco preocupados com a possibilidade de entrar um sudeste e nos deixar presos
no aventureiro.
Caranguejo

O almoço foi uma delícia novamente. A Neneca faz um feijão maravilhoso.
No almoço ele até fez umas Batatinhas fritas a mais pra mim, que ela descobriu que eu
gosto. O Cauã filho da Neneca e seu sidinei(deve ter um aninho) comeu as batatinhas comigo.
Ele vinha do meu lado e pedia: "batata...", claro que eu não resisti e cedi a todos os seus pedidos.
Cauã filho da Neneca

A noite fomos ao camping do Luis, onde nos atendeu o Eduardo capital do Rei Mateus
que nos trouxe ao Aventureiro. Tratamos o barco com o primo na Neneca para o dia seguinte. Agora vamos para Araçatiba.
Último dia no aventureiro

Acordamos novamente com chuva, caminhamos um pouco e organizamos as coisas.
O Novo milénio nos levará a Araçatiba. Nos deliciamos mais uma vez com o cafézinho de Neneca e nos despedimos do pessoal.
Beth, Neneca, Chico e Vilson

Saimos com o tempo nublado no caminho, ventou, as ondas eram grandes, parecia que a qualquer momento poderia virar o barco. Chuveu muito, felizmente sem muito vento. Garantindo que chegaríamos bem a Araçatiba. Chegamos, molhados mais bem, foi 20 reias por pessoa o transporte.
Vila de Araçatiba

Paramos no Refúgio do Capitão. Lado Direito da praia de grande Araçatiba. Que não
me pareceu tão grande assim...
A pousada aqui é 150,00 o casal com café da manhã e almoço.
Deixamos as coisas no quarto, almoçamos e saimos para caminhar. chegamos até muito perto da Lagoa Verde.
Voltamos para pegar os apetrechos de mergulho, mas acabamos ficando no Cais da pousada, que foi muito divertido também. Milhões de sargentinhos esperavam comida perto da gente.
Sargentinhos no cais da Pousada

Vimos mais alguns tipos de peixes e o Vi avistou uma tartaruga. Infelizmente não vi.
Cansados voltamos para o quarto e dormimos até o dia seguinte. Que também acordou choroso.
É... mais chuva. A cada dia que se aproxima nossa partida, parece que a Ilha grande chora mai, mas ela deu uma boa tregua hoje perto do meio dia.
Pegamos os apetrechos de mergulho e nadamos até a Lagoa Verde. Vimos uma tartaruga e uma moreia-mirim.
Já viu estrela de quatro pontas???

Nadamos de volta rápido que o tempo estava piorando. Almoçamos uma paella ótima e descansamos um pouco.
Praia Vermelha

Caminhamos até a praia vermelha, parte da trilha entre Araçatiba e Provetá.
Pacere uma praia abandonada. No caminho encontramos várias pousadas, de pessoal de fora como o Refúgio do Capitão.
Voltamos com muita chuva e quase os anoraks não deram conta.
Terminamos a tarde lendo na varanda com vista para o mar e batendo fotos de passarinhos.
Tié-sangue

Dona Marlene e Seu Ademar da pousada conseguiram um barco para irmos para Angra amanhã às 9:00hs saindo do cais da pousada. Amanhã nos despedimos da Ilha Grande.
No barco para Angra

Às 9:00hs pegamos o barco, mais quase duas horas de barca até Angra. Ao 12:00hs pegamos o ônibus para São paulo, doze horas. Um táxi de meia hora até o aeroporto.
Uma hora de atraso para o embarque. A meia noite chegamos em Casa.
É bom viajar, mas também é bom chegar em casa.

Mais fotos: Álbum no Picasa
E mais fotos: Continuação do Álbum no Picasa
Link no maps: Google Maps
Dados do GPS: Baixar