segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

2009_02_05: Ilha Grande - RJ

Durante as férias, as aventuras podem ser em lugares mais distantes e por mais tempo.
Nessas férias queria conheçer algum lugar na região do estado do Rio de Janeiro. Procurando na internet vi um roteiro passando por Angra, Ubatuba, Paraty... Durante o processo descobri uma ilha que me pareceu um ótimo lugar, a Ilha Grande. Perguntei para alguns amigos sobre o lugar, mais ninguém conhecia. Pesquisei muito e decidimos passar alguns dias lá também.
Pouco antes do dia da partida fiquei sabendo de uma amigo que já tinha ido lá duas vezes e perguntei sobre o lugar. Ele me perguntou quantos dias eu teria para ficar por lá. Eu disse oito. Ele então me disse que eu ficaria os oito e com vontade de ficar mais. E foi verdade...

Pegamos o Avião em Floripa as 21:08hs dessa quinta-feira.
Aeroporto de Florianópolis

Foi pouco mais de uma hora até pousarmos em Congonhas-SP.
Aeroporto de Congolhas-SP

Passamos a noite no aeroporto entre leituras e internet.
De madrugada, olha quem está dormindo

Às 5:00hs pegamos um táxi até a Rodoviária do Tieté, a viagem durou 30 minutos com
um senhor muito simpático que nos serviu de guia durante esse trajeto.
Esperamos o horário do ônibus com muito sono.
No ônibus indo pra Angra

Pegamos o ônibus Reunidas Paulista que levou 8 horas até Angra, por uma estrada muito bonita onde podíamos ver as praias, quando não estavamos dormindo.
No Barco para Ilha Grande

Chegando em Angra foram mais quase 2 horas até a Vila do Abrão no barco Acalanto.
Comandada pelo Capitão Walter, parece o Marlon Bando. A 30,00 reais por pessoa.
A esquerda Seu Walter, capitão do Barco.

Encontramos um ótimo pouso no camping cantinho da ilha onde também há suites. A 80,00 reais o casal, sem café da manhã.
Chegamos com fome. Tomamos um banho e fomos procurar um lugar legal para comer.
Master Burger na vila do Abrão

Passeamos um pouco para conheçer a Vila. E fomos dormir que amanhã vamos começar cedo.
Vila do Abrão

Primeiro dia na ilha, acordamos cedo para fazer o circuito do Abrão.
Placa com informações do Circuito do Abrão

Onde passamos pelo mirante da praia preta e mirante do aqueduto.
Mirante da praia Preta

O Poção onde os escravos ficavam presos para tomar banho de rio.
Poção

O Aqueduto que levava água para o Lazareto.
Aqueduto

A Praia do Galego, aonde encontramos oficinas rupestres.
Praia do Galego

As ruinas do Lazareto onde as pessoas que vinham da Europa ficavam de quarentena por causa da peste e a praia Preta.
Lazareto

Depois fomos mergulhar. Pegamos as 9:30 hs o Acalanto para um passeio de mergulho
a 35,00 reais por pessoa com frutas de cortesia.
Barco Acalanto

Primeiro paramos na lagoa verde, nem saimos do barco e já podiamos ver milhares de peixes coloridos na água, amontoados para comer os pedaços de melancia que o Capitão Walter jogava na água.
Sangentinhos na Lagoa Verde

A água é muito transparente e tem-se visibilidade de mais de 10 metros.
Vimos peixe morcego, diversos peixes coloridos, peixe cabra, estrelas do mar, ouriços do mar, muitos corais como o coral cérebro e um verde lindo que dá nome ao lugar.
Peixe Cabra

Depois fomos a praia de Aripera que também é uma praia de mergulho, só que com a visibilidade um pouco inferior.
Praia de Aripeba

Nada de especial a principio até encontrarmos uma linda moreia mirim, alguns cardumes, coral cacho de uva e a maior estrela do mar que encontramos.
Moréia-Mirim

Seguimos depois para o praia das tartarugas na ilha dos macaco.
Assim como a Lagoa verde tinha a visibilidade muito grande, vimos grupos de peixes cabra, um baiacú, outra moreia mirim linda, outro peixe morcego, um caranguejo aranha que o capitao Walter pegou pra gente, pepino do mar, outro tipo de estrela do mar, berçarios de peixes de vários tamanhos.
Caranguejo aranha

Nesse momento estavamos seguindo o Capitao que estava procurando a Camila uma linda tartaruga. Infelizmente não a encontramos, subimos no barco e quando tinhamos desistido de ver Camila ela apareceu, voltamos correndo para a água, consegui ve-la nadando calmamente no fundo perto da areia. Saí da água muito contente, foi perfeito.
Ainda no barco e muito felizes

Anoite jantamos novamente no Master Burger e passeamos pelo Abrão em uma linda noite de lua cheia.
Carrinho de doces

No terceiro dia na ilha acordamos cedo para subir o ponto mais alto da ilha grande o pico do papagaio.
Pico do Papagaio

Preparamos o GPS, comida e água, muito protetor solar e fomos. Começamos a trilha as 8:00hs, começamos pegando a mesma trilha para Dois rios caminhamos um pouco mais de um kilometro e vimos a plaquinha que indica a entrada da trilha.
Entrada da trilha do Papagaio

A trilha é por dentro da mata atlântica as copas das árvores são altas e a trilha muito bem demarcada mais muito ingrime.
No início tinha um cheiro forte de fruta podre que descobrimos ser de um pé de Jaca no início da trilha.
Pé de Jaca

Tinhamos caminhado 30 minutos quando começamos a escutar os Búgios eram dois grupos podiamos perceber bem. Quando estavos chegando perto de um dos grupos ele ficaram em silencio e não os vimos infelizmente.
Caminhamos mais um pouco e pecebi que tinha perdido minha camiseta, voltei um bom pedaço para procurar e desisti. Com sorte encontraria no retorno.
Encontramos várias árvores caidas na trilha

Pouco tempo depois escutamos pessoas subindo. Eram João Perera Pontes, Guia da Ilha Grande, e Taff, que é do Pais de Gales, e está passeando na ilha grande antes de ir para Favela da Rocinha ensinar Inglês por 6 meses.
E adivinha o João encontrou minha camisa, whoo hoooo.
Caminhamos um pouco com eles, encontramos uma minhocuçu gigante, não podia imaginar que podia existir uma minhoca tão grande.
Minhocoçu

O Guia nos explicou que os vários montes de coco que viamos pelo caminho era dela, não sei como pode sair tanta bosta de um bichinho daquele tamanho, pelo menos não fede, isso porque é praticamente só terra.
Eles se despediram e continuaram.
Não vimos o bugio mas vimos um esquilo lindo. Perto da base do Pico do Papagaio ficavamos felizes quando encontravamos as plaquinhas que indicavam a trilha.
Viu a plaquinha???

Chegamos no cume a 982 metros.
Tá vendo o João e a Taff lá em cima

E depois ao Pico 989 metros.
Ao fundo a vila do abrão

Na descida o Guia nos alertou da facilidade de se perder no retorno, foi de grande ajuda. Desceram na nossa frente dois rapazes um de minas e um de brasília, primos, que nós encontramos perdidos já no início do retorno.
Voltamos tranquilos. Encontramos até um esquilo mas não conseguimos bater foto.
Foi maravilhoso ver a vila do Abraão, Saco do ceu, enseada das estrelas e todo o continente com várias ilhas. Para o Sul não conseguimos ver nada por causa das nuvens.
Voltamos para a Vila do Abrão e por dica do meninos que ajudamos na descida fomos para a praia do Abraãozinho.
Abrãozinho

Na trilha vimos outro esquilo e um Sagui com filhotinho nas costas.
Mergulhamos novamente, e vimos um lindo cavalo marinho.
A caminho de Lopes Mendes

No quarto dia pegamos o Athos II as 9:30hs para Lopes Mendes, passamos pela praia de Palmas e paramos na praia Pouso.
Trilha para Lopes Mendes

Dali são 30 minutos de caminhada até Lopes Mendes.
Encontramos uma bela sombra, surfamos e dormimos em uma praia muito gostosa.
Lopes Mendes

As 16:10hs o tempo começou a fechar e nos colocamos rapidamente na trilha de volta a Pouso para pegar o barco antes da chuva.
Deu tempo pra uma paradinha para tirar fotos de um Sagui no meio da trilha.
Sagui

Chegamos mas a chuva chegou também quando estávamos perto do Abrão, uma chuva fria e grossa, mas passou rápido.
Chegando ao Abrão com muita chuva

Aproveitamos nosso último dia na Vila do Abrão, amanhã vamos para o Aventureiro.
Cantinho da ilha

Demanhã fechamos a nossa conta no Cantinho "mais quente" da Ilha, tomamos um último café na padaria e fomos pegar a barca para Angra.
Padaria da vila do Abrão

Foram 2 horas no barco até chegar em Angra. Pelo menos foi barato.
Na Barca, olha quanta bagagem...

Caminhamos até o Cais Santa Luiza e começamos a perguntar sobre barcos para o aventureiro, não havia nenhum, consegui um para Provetá mas a caminhada até o Aventureiro é longa e difícil ainda mais com muita bagagem como é o nosso caso.
Quando estavamos entrando no barco para Provetá, já que era nossa única opção.
Um moço me chamou e perguntou se íamos para o Aventureiro que havia mais 6 pessoas querendo ir pra lá também.
Conseguimos o Rei Mateus a 30 reais por pessoa para nos levar, tratei com um figura,
Seu Chico, Carioca de férias no Aventureiro fazendo trabalho de garçon, administrador de camping e marujo.
No Barco para o Aventureiro

Viemos com o Capital Eduardo no leme por 3 horas até chegar no paraiso.
No cais do Aventureiro

Nos poucos minutos que ainda tinhamos luz fomos mergulhar e pouco depois já encontrei uma araia linda.
Ficamos em uma casinha da Dona Neneca. Simples mais muito bom.
A janta foi polvo com arroz, feijão, salada e batata sutê.
Jantar da Neneca

Primeira manhã no Aventureiro, um café da manhã com nescau e queijo quente que a dona
Neneca fez pra gente. O Seu Sidnei é mais contido não conversou conosco direito ainda.
Aventureiro

Pegamos o Barco ChegaMais do Capitão Flávio às 10:00hs rumo a Praia de Parnaioca.
No Caminho passamos em frente a praia do Demo, Praia do Sul e Praia do Leste.
Lindas e Vazias. Praia do Sul e do Leste são reservas e ninguém deveria entrar.
Parnaioca

Chegamos a Parnaioca depois de uns 60 minutos navegando, uma praia linda, do mar nem se percebe as pequenas casas de pescadores que moram lá.
Descemos nadando já que aqui não tem pier.
Cachoeira da Parnaioca

Fomos até a cachoeira de Parnaioca, gelada mais uma delícia, onde ficamos procurando por camarões de água doce para tirar fotos.
Camarão de água doce

Nos surpreendemos com algumas vespas gigantes que encontramos no caminho para cachoeira.
Vespas gigantes

Voltamos para a praia de deitamos embaixo de árvore sombreiro, chegamos a dormir naquele local. Já retornando para pegar o barco, encontramos outro esquilo. Esse conseguimos tirar fotos.
Esquilo

Voltamos às 15:00hs já que o mar estava subindo.
Quando chegamos no aventureiro avistei uma tartaruga enorme no cais,
me joguei na água para vê-la. Consegui chegar muito perto e tirar algumas
fotos, quando ela me viu calmamente se afastou.
Tartaruga marinha no cais do Aventureiro

Almoçamos, ficamos de bobeira na praia e pegamos algumas ondinhas até fechar o tempo
para mais uma trovoada de fim de tarde.
Famoso coqueiro deitado

Acordamos com o tempo chuvoso no aventureiro.
Sentei no barzinho da Neneca para esperar o Vi acordar e ficamos conversando.
Ao fundo o Barco que seu Sidnei está construindo

Ela me contou que aos 6 meses de gravidez do Cauã ela foi picada por uma Jararaca pequena atrás de casa as 9 horas da noite.
Seu Sidnei matou a cobra com medo e foi buscar o barco. Tia Lúcia irmã de Neneca chamou a defesa civil. Eles mal chegaram no costão a lancha da defesa civil já estava chegando. Pouco menos de uma hora depois da picada ela já estava no soro no hospital, mas não podiam dar o soro anti-ofídico por causo Cauã. Ela conta que ficou com muito medo pois já tinha perdido uma gravidez de 4 meses. Disse que sentia muita dor no pé, por causa da picada, mas só podiam aplicar anestesia no pé e esperar.
Foram dois dias no hostipal. Hoje ela sente algumas dores no pé picado quando muda o tempo e o Cauã está muito forte graças a Deus. Pergunta se fiquei com medo de caminhar a noite por lá...???
Praia do Demo

Caminhamos até a praia do Demo. Do lado podeíamos ver a praia do Sul e a do Leste.
Algumas pessoas passavam para lá, mas como é proibido achamos que o certo é não
entrar mesmo sem ninguém para fiscalizar.
Mergulhamos no cais e eu vi a tartaruga novamente agora mais de longe.
Mergulhando no Aventureiro

Surfamos um pouco também... ficamos o dia acompanhando o dia devagar.
Um pouco preocupados com a possibilidade de entrar um sudeste e nos deixar presos
no aventureiro.
Caranguejo

O almoço foi uma delícia novamente. A Neneca faz um feijão maravilhoso.
No almoço ele até fez umas Batatinhas fritas a mais pra mim, que ela descobriu que eu
gosto. O Cauã filho da Neneca e seu sidinei(deve ter um aninho) comeu as batatinhas comigo.
Ele vinha do meu lado e pedia: "batata...", claro que eu não resisti e cedi a todos os seus pedidos.
Cauã filho da Neneca

A noite fomos ao camping do Luis, onde nos atendeu o Eduardo capital do Rei Mateus
que nos trouxe ao Aventureiro. Tratamos o barco com o primo na Neneca para o dia seguinte. Agora vamos para Araçatiba.
Último dia no aventureiro

Acordamos novamente com chuva, caminhamos um pouco e organizamos as coisas.
O Novo milénio nos levará a Araçatiba. Nos deliciamos mais uma vez com o cafézinho de Neneca e nos despedimos do pessoal.
Beth, Neneca, Chico e Vilson

Saimos com o tempo nublado no caminho, ventou, as ondas eram grandes, parecia que a qualquer momento poderia virar o barco. Chuveu muito, felizmente sem muito vento. Garantindo que chegaríamos bem a Araçatiba. Chegamos, molhados mais bem, foi 20 reias por pessoa o transporte.
Vila de Araçatiba

Paramos no Refúgio do Capitão. Lado Direito da praia de grande Araçatiba. Que não
me pareceu tão grande assim...
A pousada aqui é 150,00 o casal com café da manhã e almoço.
Deixamos as coisas no quarto, almoçamos e saimos para caminhar. chegamos até muito perto da Lagoa Verde.
Voltamos para pegar os apetrechos de mergulho, mas acabamos ficando no Cais da pousada, que foi muito divertido também. Milhões de sargentinhos esperavam comida perto da gente.
Sargentinhos no cais da Pousada

Vimos mais alguns tipos de peixes e o Vi avistou uma tartaruga. Infelizmente não vi.
Cansados voltamos para o quarto e dormimos até o dia seguinte. Que também acordou choroso.
É... mais chuva. A cada dia que se aproxima nossa partida, parece que a Ilha grande chora mai, mas ela deu uma boa tregua hoje perto do meio dia.
Pegamos os apetrechos de mergulho e nadamos até a Lagoa Verde. Vimos uma tartaruga e uma moreia-mirim.
Já viu estrela de quatro pontas???

Nadamos de volta rápido que o tempo estava piorando. Almoçamos uma paella ótima e descansamos um pouco.
Praia Vermelha

Caminhamos até a praia vermelha, parte da trilha entre Araçatiba e Provetá.
Pacere uma praia abandonada. No caminho encontramos várias pousadas, de pessoal de fora como o Refúgio do Capitão.
Voltamos com muita chuva e quase os anoraks não deram conta.
Terminamos a tarde lendo na varanda com vista para o mar e batendo fotos de passarinhos.
Tié-sangue

Dona Marlene e Seu Ademar da pousada conseguiram um barco para irmos para Angra amanhã às 9:00hs saindo do cais da pousada. Amanhã nos despedimos da Ilha Grande.
No barco para Angra

Às 9:00hs pegamos o barco, mais quase duas horas de barca até Angra. Ao 12:00hs pegamos o ônibus para São paulo, doze horas. Um táxi de meia hora até o aeroporto.
Uma hora de atraso para o embarque. A meia noite chegamos em Casa.
É bom viajar, mas também é bom chegar em casa.

Mais fotos: Álbum no Picasa
E mais fotos: Continuação do Álbum no Picasa
Link no maps: Google Maps
Dados do GPS: Baixar

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