quarta-feira, 22 de abril de 2009

2009_04_19: 9a. Maratona Internacional de Santa Catarina

Sempre achei meio maluco que algumas pessoas "normais" corressem maratonas. Por que uma coisa é ser corredor profissional, a pessoa vive para isso, no pior caso vai passar umas 3 horas correndo.
Mas imagina eu, engenheira, trabalho o dia todo em um escritório atrás de um computador. Como eu poderia correr uma maratona??? No melhor caso vou passar umas 6 horas correndo, se é que vou conseguir completar...
Tempo atrás li em algum lugar que uma maratona separa as crianças dos adultos.
Bem, acho que vou deixar de ser criança.
Para esse ano, me prometi fazer duas coisas: Fazer o Audax 200 prova de Mountain Bike que fiz no final de março, e correr minha primeira Maratona.
Começei a treinar em fevereiro, depois de voltei das férias.
Montei minhas planilhas de treino. Corria três vezes por semana, com direito a longos às sextas anoite. O máximo que corri nos treinos foram 23 km e chegou o grande dia. O objetivo é completar, e conseguir terminar antes de 5 horas, melhor.
Largada da 9a. Maratona internacional de Santa Catarina

Largamos da frente do monumento ao soldado na beira mar norte em Florianópolis às 7:30hs em direção a UFSC. São 5,5 km até a UFSC, tenho que dizer que esses primeiros kilometros foram difíceis. É isso mesmo, dificeis. As outras corredoras me passavam e é claro que eu conseguiria acompalha-las, mas por 10 km, talvez 20km.
Meu passe para maratona era bem maior, e para que está acostumado a correr trechos pequenos é difícil manter um passe mais lento para conseguir vencer a maratona toda. Eu precisava me manter entre 7,5 e 8 minutos por kilometro.
Voltando da UFSC

Quando fiz a volta na UFSC, começei a contar quantas pessoas tinham atrás de mim, e achei até que não estava tão ruim... Essa parte foi bem legal que o pessoal que estava fazendo a prova de 10 km nos alcançou e pude ficar observando as pessoas correndo.
Uma coisa muito importante da maratona é a alimentação e a hidratação. A cada 40 minutos eu comia um gel e tomava água. Lembro-me do meu gerente (que um corredor fanático) dizendo que se você sentir fome ou que está faltando energia, você já deixou passar muito tempo da hora de se alimentar, e provavelmente não terá mais volta.
Passada o ponto onde largamos, e onde também era a chegada do 10 km, ficou mais vazia a estrada, e agora tinha pela frente a segunda parte da maratona, ir até os 22km no fim da via expressa sul.
Atravessando o túnel rumo à via expressa sul

Até esse ponto eu não tinha passado ninguém, mas quando alcançamos o kilometro 20, muita gente começou a caminhar. Aqui começa outra parte muito importante da maratona, que é a força de vontade.
Eu me dizia: "Esse povo não se preparou direito, eu me preparei", "Eu vou correr até o fim".
Retornando na via expressa sul

Já na terceira parte da prova, retornado da via expressa sul, tivemos problemas com a hidratação fornecida pela prova, não tinha mais água. Felizmente eu tinha o Vilson que vinha me acompanhando de bicicleta e trazendo água para mim.
Passando pela ponte Hercílio Luz

Continuei no meu rítmo, tranquila, até o ponto e largada, onde começei a última parte, Tinhamos que ir até a altura do o shopping Iguatemi e voltar. Aqui praticamente todos caminhavam, e eu devagarzinho ia passando, fiquei muito bem na prova até o kilômetro 38, onde começei a sentir dores no peito.
Nos kilômetros finais

Tentei caminhar um pouco, mas minhas pernas não deixaram, estava naquele rítmo a mais de quatro horas.
Eu dizia para mim mesmo: "Agora falta pouco", "Você já conseguiu".
Meu rítmo reduziu muito e ficou difícil respirar.
Depois de 4:58 hs de prova, com direito a um Sprint final meio tímido, terminei a minha primeira maratona, estava cansada, chorando de emoção por ter vencido a mim mesma, e especialmente feliz.
Sabe que hoje não acho mais tão estranho pessoas "normais" correrem maratona, por que não até correr ultramaratonas...
Vamos ver o que vem pela frente...


Mais fotos: Álbum no Picasa

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